Resgate da minha memória de leitura, é como reflexo de minha vida. Na infância minhas irmãs eram professoras, ganhei meu primeiro livro da minha irmã mais velha. Na escola fazia apenas as leituras obrigatórias, os livros eram artigo de luxo, não podiam ter anotações. A biblioteca era encantadora, mas arcaica. Quando minhas filhas nasceram, me encantei com os livros de literatura infantil. Como Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Roseana Murray, e tantos outros que traduziam sentimentos profundos em linguagem infantil. Voltei a ler vorazmente nesse período, não só para mim, mas para minhas filhas, que hoje já desacralizaram os livros ou seja, fazem anotações neles, deixam recados de leitor, começam um, param, pegam outro, voltam naquele.
Como escritora. Sempre gostei de escrever. Escrevia poemas e poemas aos 15 anos. Mas como não pude ser jornalista, aprendi mesmo a escrever, elaborando um jornal da empresa em que trabalhava. Ter um leitor verdadeiro e poder receber críticas é o que nos torna escritores. Não consigo mais imaginar em escrever para um ninguém ler. Busco essa realidade no trabalho de produção de texto com meus alunos.
LUIZA HELENA FAVARETTO
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